quinta-feira, 30 de agosto de 2012

bepa ou sincronicidades cotidianas ;)



hmmm que emotion...encontrei um dicionário que foi do meu pai, inglês-sérvio, e o abri nesta página ♥ acho que vou insistir em aprender o alfabeto cirílico...rs 
e  curioso também é que "bepa", como está escrito aí, em alfabeto cirílico, para traduzir fé, é como se escreve vera, o nome da minha mãe, a única coisa que sei escrever em cirílico. ah, vera, em sérvio, também é fé, crença.



quarta-feira, 29 de agosto de 2012

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foto de feije riemersma
menina beduína em sua casa no deserto de omã

genial ♥ latas vazias com etiquetas que materializam necessidades imateriais.
sustentabilidade humana. à venda nas lojas flow market. criação do designer dinamarquês mads hagstrom :)

http://influxinsights.com/2006/interviews/influx-interview-mads-hagstrom-danish-design-center/

terça-feira, 28 de agosto de 2012

oh my lovely cobres e seus infinitos tons

minhas colagens - work in progress

minhas colagens - work in progress

minhas colagens - work in progress
vestido adamah stein

utensílios de cobre do século 18 de  uma fazenda no interior da liguria - itália
mulher da tribo wodaabe- áfrica - nômades que reverenciam o sol e o amor e respeito à natureza
campanha louis vuitton by the selby no trem paris - shangai
nossas acácias na chaleira - foto simonetta ivancevic
anatomy - escultura de lisa nilsson -
ela descobriu e usa uma técnica do sec 17 - monges e freiras faziam
esse tipo de trabalho com folhas de bíblias velhas.
hmm..dá uma vontade de ver o que faziam
torta the bakers - copacabana

minhas fotos - simonetta ivancevic



my lovely turquesas

todas as fotos by simonetta ivancevic












hahaha, minha relação com cores é assim, ah, preciso agora de vários tons de turquesa perto de mim,queria mergulhar agora no mar turquesa das maldives... ou com comida também, quero um suco verde e saladas e couves, depois mudo pros amarelos,batata baroa, inhames e depois pros vinhos, fúcsias,beterrabas,amoras, chá de flor de hibiscos (hmmm, ando viciada nele) e parto pros laranjas, como dez tangerinas sem agrotóxicos de uma vez and so on and so on.com música...com literatura....hmmm, louca pra reler dostoievsky ;) e o que foi trabalhar domingo ao som de dave brubeck, b.b. king, pat metheny, hmmm que seleção linda que ele nos deu de presente....move to the groove

domingo, 26 de agosto de 2012

eyes for a real and true commonwealth, pode ser?

ah, o que é a nossa mente,hein? tem três dias que não páro de pensar nesse vestido cheio de olhos.trabalho, ajeito as coisas da casa,encontro e converso com pessoas tão diversas, passa quinta,vem sábado e ele não sai da minha cabeça. aqui no campo,ou no campo da minha família também, não tem sábado, segunda... domingo pode ser um dia de trabalho e, segunda, de intervalo. must have, must have, aiiiii, pára com isso, digo pra mim mesma. volta à minha mente a minha super mestra de cabala, dizendo )em off( que eu tinha muitos olhos.... e um dia ela disse , cochichou no meu ouvido,diante de uma cena que desejei sim tornar invisível uma coisa muito querida que eu tinha conquistado, puxa, você aprendeu como é que se fica invisível ! tomara ;) digo pra mim mesma agora. ela ,a mestra de cabala, disse aquela vez, que dirigir um carro, é, por exemplo, uma ação em que se usam todos os olhos (ou deveria-se usar) os olhos da frente, dos lados e de trás. 
quando criei a minha bonequinha vasalissa, aquela do conto, há mais de um ano (muito antes de dar de cara com esse vestido...afff ) aquela que enfrentou as duras e preciosas lições da baba yaga e matou as perversas madrastas e suas filhas que a atormentavam com tudo o que reprime o verdadeiramente humano, botei um ollhinho nas costas dela, saiu assim, visceralmente , sem pensar, estou pensando nisso agora, neste instante em que escrevo.porque afinal a gente vai juntando um arquivo do próprio espírito de procura, né? por falar em espírito de procura, dei de cara com uma resposta que ansiava, assim, sem querer, ai, não lembro o nome dele agora, é inglês, acho que do século 18, físico e escritor,ele disse que existem mentes, aquelas com tendência a condutas fanáticas, que são como as pupilas dos olhos, quanto mais luz se joga nelas , mais elas se retraem.achei incrível essa comparação...de qualquer maneira, confesso que não quero mais trair a minha intuição, afinal eu me dedico mesmo é em aprimorar essa linguagem universal do coração. é, tudo faz parte de um processo, transformar os venenos que surgem em remédio. assim seja. adoro viver fora da babaquice das dualidades.oh, must have esse vestido...rs...é ;)
vestido leutton postle - london




sexta-feira, 24 de agosto de 2012

to or not to


outro dia estava procurando umas coisas... quando dei de cara com esta foto que o meu pai tirou de mim, com o chapéu de praia da minha avó. olha só, estou com olheiras aqui, aos seis anos, pensei...minhas olheiras nunca foram escuras,dark circles, e nem se instalam todos os dias, mas existem a maior parte do tempo. lembrei daquele jovem professor de inglês, from london, que a minha mãe contratou, na adolescência, para aulas de conversação. eu pesquisava e aplicava produtos para disfarçar as olheiras, coisas que, nós mulheres, fazemos sempre... até que um dia, durante a aula, ele disse naquele sotaque britânico que sempre amei, que ele achava lindo mulheres com olheiras ;) porque dava a impressão de que sempre tinham acabado de fazer amor...rs... dá pra crer ? dali em diante fiz as pazes com as minhas olheiras. sim, foi o que aconteceu. até que esta semana dei de cara com esta foto e li um artigo da bel, minha amiga desde a adolescência, e lembrei disso... aliás, foi tudo simultâneo, encontrar a foto, lembrar do fato,ler o artigo e refletir um pouquinho sobre uma complicada mulher madura, que pensa o tempo todo tão negativamente, culpando sempre os outros que, segundo ela, não a respeitam, não a valorizam, não reconhecem seu valor.. and so on...ninguém adivinha quando ela pode explodir em agressividades,como aqueles campos minados em que, pós guerra, ficam bombas ativas enterradas.
se nos mantivermos por tempo demasiado longo pensando negativamente, iremos reforçar os caminhos destrutivos com que já convivemos com familiaridade....a realidade é criada pelos nossos pensamentos...."
segue aqui o link do artigo todo ;) http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/c.asp?id=12299#prettyPhoto
adorei isto, a tecla love entre as teclas delete e shift


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

babilônia de afinidades I

jóias rústicas como este brinco romano de pérolas do século I
o  fotógrafo steven meisel (aqui para vogue itália setembro 2007) - afinidades com os dois
elefantes e sua fabulosa memória
( se alguém souber de quem é esta foto, me conta)

babilônia de afinidades II

"não faço nada sem alegria"  montaigne (1533-1592) e eu
(foto via polanoid .net)
passión por chema madoz, fotógrafo español
estes pratos de bordas irregulares.
nada na natureza é regular ;)
"it's always been my philosophy to try to make art out of the every day and ordinary...
it never occured to me to leave home to make art. " sally manm, fotógrafa americana

sexy nature

minha mesa de trabalho - detalhe

terça-feira, 21 de agosto de 2012

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e hoje, ao acordar, e abrir a porta de casa, encontro este presente único na entrada, parece até que a natureza adivinha o respeito e admiração que tenho por essas naturais e inspiradoras obras de arte ♥ emoção ♥ ah, mas vamos combinar, isto é digno da documenta de kassel, no mínimo... hmm, só para citar esses reconhecimentos que se costuram nos bastidores deste mundo que, para mim, dizem muito pouco ;)

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

editorial "dance with wolves" para W Magazine

les beaux jours sont encore devant nous. profitons-en! diz a francesa....oui, pelo menos eu faço por onde pra que isso aconteça dia a dia, dia a dia... ♥ mais uma vez confirmando que gentileza é sinônimo de sinceridade
 
como ensina o sutra, budista, de lótus
so true
 sinceridade é sinônimo de purificação dos sentidos. escrevendo em francês.... eu? sei lá, tem coisas que soam melhor em outras línguas.arigatai, por exemplo, só existe em japonês... é muito mais do que um simples obrigado (arigatô ;) 
queria ler dostoievsky em russo...rs... meu pai sempre insistiu para que eu lesse os russos, dostoiesvsky, tchecov, tolstoi...pra entender a vida.ele dizia que, em russo, por exemplo, tem várias palavras pra definir saudade, não é uma só.por falar em russo, cadê gorbachev? amo e admiro gorbachev.

(⁀‵⁀,) ❤ ¸.•° .`⋎´❤♥..

escultura de arran gregory - hmmm, imagine-a num jardim 



  comprovar a própria intuição
 amplia a convicção no próprio coração
a linguagem mais poderosa, aquela que vai além de todos a avanços da tecnologia...
p.s.: os lobos saudáveis e as mulheres saudáveis tem as seguintes características saudáveis em comum:
- percepção aguçada
- espírito brincalhão
- uma elevada capacidade pra a devoção
- são gregários por natureza
- curiosos (= vontade de aprender)
- dotados de grande resistência e força
- profundamente intuitivos
-experiência em se adaptar a circunstâncias em constante mutação
-  determinação feroz e extrema coragem 
(clarissa  pinkola estées em "mulheres que correm com os lobos")

domingo, 19 de agosto de 2012

o invisível visível

foto simonetta ivancevic
leutton postle- london
oh, my gah, eu quero esse vestido cheio de olhos...rs
leutton postle - london
spring woman- fotos paolo roversi pra vogue itália março 2012

estava trabalhando aqui no computador , quando a sala foi invadida por tons de rosa e laranja, irresistíveis....aquele momento em que todas formas adquirem um ar impressionista, adoro! saí lá fora, admirei o invisível que se torna visível, fotografei. o céu é um espetáculo que nunca se repete, jamais é clichê.e no dia seguinte, ao rever a foto, álvaro de campos passou na minha mente.... saímos de casa...a terra inteira, mais o sistema solar e a via láctea e o indefinido....e, em seguida, walt whitman me fez lembrar que"se o corpo não é a alma, então o que é a alma? "  depois de whitman, clarissa pinkola estées,essa mulher contadora de histórias, que resgata a vida em sua valiosa essência. o corpo jubiloso, capítulo do livro "mulheres que correm com os lobos"...todos os lobos tem sua própria configuração corporal, sua própria força e sua própria beleza. eles não tentam ser o que não são. lembrei do capítulo em que ela fala sobre o corpo :"defender apenas um tipo de beleza é de certo modo não observar a natureza. não pode haver apenas um tipo de ave canora, apenas uma variedade de pinheiro, apenas uma qualidade de lobo. não pode haver apenas um tipo de bebê, de homem ou de mulher. não pode haver apenas um tipo de seio, de cintura, um tipo de pele."  cadê o resgate do corpo natural, aquele que você cuida com amor espontâneo, longe da obsessão, cuida como expressão máxima da sua alma e da gratidão aos seus ancestrais que te trouxeram até aqui? 
minha mãe era estilista e tinha amor e cuidado em fazer com que cada corpo expressasse, através das roupas também, sua identidade única, valorizasse suas próprias formas e jeito de ser. achei bonito o trabalho dessa dupla amiga, leutton postle, sediada em londres, que, através das tramas do tricô, manda uma ubber mensagem através de suas criações.aprecio isso, wearable art...que cada  um tire do show das passarelas o que tem a ver consigo mesmo. eu acho lindo quem,em qualquer atividade, tem uma preocupação conceitual, envia uma mensagem através da sua criatividade e produto, que inspire a criatividade a se manifestar em cada um, de um jeito único, marcante em seu meio ambiente, insubstituível,diálogo que acrescenta, soma, multiplica. é isso."extrair grande prazer de um mundo repleto de muitas espécies de beleza é uma alegria na vida à qual todas as mulheres fazem jus. defender apenas um tipo de beleza é de certo modo não observar a natureza"   (clarissa p. estées). vale para homens também, claro.é porque as pessoas que entendem a vida sabem que são as mulheres que dão à luz, criam mulheres e homens com abertura à sensibilidade  atitude verdadeiramente reflexiva e expressiva. ou não.

sábado, 18 de agosto de 2012

coração ouvinte

pintura tântrica feita por devotos anônimos do rajasthan - séc. 17
publicada no livro "tantra song" pela editora siglio press.
impressionante como esses desenhos são tão contemporâneos...

"os ouvidos são tão janelas da alma quanto os olhos,acho que até são mais, muito mais, são portas.enquanto o jantar se fazia no fogo,fui direto à estante e peguei aquele livro que eu amo, da diane ackerman,a história natural dos sentidos, e fui direto ao capítulo sobre audição: "o coração ouvinte".diz assim:
em árabe, não ser capaz de ouvir significa absurdo.surdus em latim vem do árabe fadr asamm = raiz surda, que, por sua vez, é tradução do grego alogos,"sem fala" ou "irracional".aqui , a autora deixa claro que não está falando sobre deficiente auditivo, é claro.hmm...já ía terminando por aqui e me lembrei da clarissa pinkola estées: a história falada toca no nervo auditivo, que atravessa a base do crânio até chegar ao bulbo do cérebro logo abaixo da ponte de varólio.ali, os impulsos auditivos são transmitidos para cima, para o consciente, ou, segundo dizem, para a alma...dependendo da atitude de quem ouve.as palavras, escritas ou faladas,tem poder, depende de quem as lê e/ou ouve."

publiquei ontem no fb esta  reflexão que já publiquei aqui, e, hoje, um amigo publicou no mural dele este texto de rubem alves, " escutatória",que compartilho aqui com vocês.exatamente isso, rubem alves. 
(os destaques no texto dele são meus.)
"Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória..
Todo mundo quer aprender a falar... Ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que... não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores.
É preciso também não ter filosofia nenhuma.
Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas.
Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.
Parafraseio o Alberto Caeiro:
Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito.
É preciso também que haja silêncio dentro da alma.

Daí a dificuldade:
A gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor...
Sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer.
Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração...
E precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.
Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade.
No fundo, somos os mais bonitos...
Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: Reunidos os participantes, ninguém fala.
Há um longo, longo silêncio.
Vejam a semelhança...
Os pianistas, por exemplo, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio...
Abrindo vazios de silêncio... Expulsando todas as idéias estranhas.
Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala.
Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.
Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos...
Pensamentos que ele julgava essenciais..
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.
Se eu falar logo a seguir... São duas as possibilidades.
Primeira: Fiquei em silêncio só por delicadeza.
Na verdade, não ouvi o que você falou.
Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala.
Falo como se você não tivesse falado.
Segunda: Ouvi o que você falou. Mas, isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo.
É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou.
Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.
O longo silêncio quer dizer: Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou.
E, assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.
Eu comecei a ouvir.
Fernando Pessoa conhecia a experiência...
E, se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras... No lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa.
No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos.
Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia...
Que de tão linda nos faz chorar.
Para mim, Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio.
Daí a importância de saber ouvir os outros: A beleza mora lá também.
Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto."





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