tenho paixão por elefantes desde que nasci. meu pai conta que na praça em que eu era levada a brincar, com um ano de idade, tinha um elefante que ficava num gramado enorme cercado. e as crianças faziam fila para balançar na tromba dele. mas quando ele me via ele apontava a tromba direto pra mim, mesmo que eu estivesse no final da fila, ele delicadamente soltava a criança com quem estava e me chamava, ía até onde eu estava e através da cerca,cutucava com sua tromba, meu pequeno corpo. e sempre era assim. para nos separar era um custo, as mães e filhos e babás reclamando, enfim nos despedíamos para que os outros também pudessem usufruir desse momento tão mágico, sobretudo numa grande cidade européia.eu não lembro disso mas certa vez fui a uma palestra do robert happé e ele proporcionou um exercício para todos vivenciarmos a realidade de que toda nossa memória está disponível para nós mesmos o tempo todo, era só acionar. pediu que fechassemos os olhos, respirassemos, foi nos conduzindo para que vivenciassemos uma cena muito agradável (claro...rs) da nossa primeirissima infância. e eu voltei para a tromba do elefante, vi os olhos dele, ouvi vozes reclamando para que eu descesse, olhei bem nos olhos dele, e disse, ouvindo a minha própria voz infantil : "agora eu tenho que ir". sorri, nos olhamos bem fundo nos olhos e dei um beijinho nele. vi meu primeiro sorriso de dentes de leite, que, evidente, não me lembrava. eu já era casada mas minhas fotos de bebê tinham ficado na casa dos meus pais. quando vi no álbum, reconheci exatamente aquele sorriso que tinha revisto no exercício proposto por happé, os dois dentinhos da frente levemente separados e tudo mais.cresci e me apaixonei por ganesha. minha mãe dizia ' ah, essa menina viveu alguma vida na índia'....rs. outro dia, uma amiga que me conhece bem, veio nos visitar, e trouxe presentinhos lindos, entre eles um anelzinho com o sri ganesha estampado. há um tempo fiz uma pesquisa sobre ganesha. olha só que interessante o que descobri sobre os aspectos simbólicos da representação dele:
- a cabeça de elefante: indica fidelidade, inteligência e poder de discernimento;
- uma presa: este fato de ter uma presa inteira e outra quebrada tem o significado de que ganesha possui a habilidade de sobrepor todas as formas de dualismo;
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