sábado, 31 de julho de 2010

sorry



eu sei qual a minha canção.
ela disse que a minha melodia é do segundo decanato de escorpião= águia,
que a tudo vê lá do alto,
e que a letra é em caracteres orientais,
é dragão que tira todas máscaras,
strong lyrics,
essa mania de quem viveu london,
ela tem.
diante dessa canção
o rei fica nu.
ah...então você pode imaginar
por tudo o que passo.
posso, ela riu,
é uma função e tanto.
aviso que continuarei irritada e impaciente com
tudo o que faz sofrer,
não abraçarei os que 
tem prazer em ser vítimas,
são eles que alimentam os conflitos,
os que adoram subjugar,
dar mamadeira para a arrogância.
não me peçam paciência,
nestes casos não terei.
terei sempre paciência com os que
querem sair do buraco
que cavaram.
mais que paciência, amor.
no dicionário que consulto
benevolência não quer dizer
afundar junto,
compaixão é
com paixão.
em qualquer tempo
quero ser
fruta madura,
juicy
como sempre fui.
aos poucos
só existe
quando abre
tudo de uma vez.
sorry,mané.

eu mordo - cuidado predadores


oggi mordo                                                                                   body art - birgit jurgenssen
michela pierlorenzi 

eu vazia? quando?



volta às origens




quinta-feira, 29 de julho de 2010

eu também


vazio agudo
ando meio
cheio de tudo.
leminski

que sociedade...haja coração e mente para manter firmes os valores verdadeiramente humanos e ir além de toda a perplexidade, com a convicção acesa e iluminada,atenta.

ilumina-te


amei o trabalho deste fotógrafo canadense, nicolas ruel, que imprime seu olhar sobre placas de aço inoxidável. nesta aqui, as janelas dos salões da exposição, em toronto, refletem sobre a foto num determinado momento do dia, criando uma intervenção cheia de símbolos em movimento.lindo!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

é importante saber



suas sombras provocam o que? desenham o que?

o fim e o começo


quando tudo está em movimento e pode ser,
 manter todos os próprios eus em perfeita harmonia e união.
alcançar o fim da dúvida (substituir a dúvida por sabedoria em ação).
o tempo urge,
o tempo ruge.
assim estava escrito,não.
assim escrevo o que traz consistência reler,
ir sempre além
sem ponto
tornar realidade o que é 
invisível (somente aos olhos que insistem em não ver).
compreendo todos,
admiro poucos.

domingo, 25 de julho de 2010

quinta-feira, 22 de julho de 2010

se



se dependesse só de mim, minha oração seria imediatamente respondida por todos os homens ou pela maioria  deles aqui na terra.essa oração determinaria que nenhuma mãe ou pai enterrariam jamais os seus filhos, que todos, crianças,jovens, maduros e antigos amariam e prezariam muito a própria vida e a dos outros,que todos agiriam com a consciência de que humanos, animais,vegetais,minerais,água, ar são formas da mesma vida que merece ser reverenciada, não existe mais nem menos importante, tudo está relacionado e dialogando e sustentando a vida um do outro o tempo todo.o amor seria um recurso sustentável e disponível a todos, fluiria sem poluição. as pessoas saberiam cuidar tão bem de si mesmas quanto dos outros e quanto da natureza.a mãe terra não precisaria mais reagir à tamanha agressão dos chamados seres racionais.a diversidade seria respeitada, e conviveria em harmonia, como num corpo são.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

terça-feira, 20 de julho de 2010

amigos








determinada
firme
ativa
audaz
corajosa
decidida.
leio a mensagem que ele me envia
e estas palavras (que aqui estão em vermelho)saltam do texto.
vou crer no que você reconhece em mim,respondo por dentro.e faço por onde.
meu pacto é com a construção.
ele é o meu mais precioso amigo,
me ensina o caminho da dignidade conquistada,me conhece do avesso,
me mostra, com seu exemplo,
como transformar as pedras
em seda,para passar sem me machucar.
ele me ensinou a apurar a minha percepção,canalizar a minha intuição
para ideais que são bons para todos,
a reconhecer, como diz outra grande amiga,os lugares onde se trama a traição, onde a coragem falta àqueles que dizem o contrário,a enxergar a inveja oculta como gordura fria por trás de um sorriso de carinho, os olhares que são meras máscaras para a aversão,a iluminar em mim mesma tanto os meus tesouros quanto as minhas fraquezas.e a não ignorar essa luz que a tudo vê.ir além da perplexidade.

segunda-feira, 19 de julho de 2010

zumzumzum azul





eu acredito em vida eterna, sem começo nem fim, o que vale para seres humanos, estrelas,planetas,tudo, formas visíveis e invisíveis a olho nu,todas as formas de vida. eu acredito que tudo se transforma e que, de acordo com a frequência energética que cada vida emite, tudo se afasta e aproxima, nasce e morre para dar forma a novas formas, seja gás carbônico, pedra, diamante, planta, minhoca,tigre ou pessoas.eu acredito que seres que negam, com seu comportamento, atitudes humanas, podem acabar escolhendo ser um inseto, terra ou pó. eu acredito que as mulheres são, e sempre foram,as principais responsáveis pela criação e saúde de homens e mulheres, elas literalmente dão à luz, ou não, negam a luz(e não é papo de superioridade ou inferiodade - o que considero uma pobreza total - é papo de função, só isso.assim como são as abelhas que fazem mel).acredito que tudo são escolhas, conscientes ou inconscientes.cada um escolhe de acordo com o grau de inteligência inconsciente que vai acumulando ou não.eu acredito na teoria científica da incerteza, aquela que diz que o observador afeta o fenômeno observado.eu acredito que apesar do caos que impera, até no cosmos, existe uma inteligência que do caos gera um tipo de ordem que cria, avança, destrói, reconstrói, mantem uma harmonia em movimento.e que todos os participantes desse movimentos são coocriadores.de vez em quando penso sobre o efeito borboleta, penso porque o bater de asas de algumas borboletas na amazônia afeta o clima do planeta todo, enquanto o bater de asas de algumas borboletas não interfere em nada, faço mil analogias com isso.acho este planeta ao mesmo tempo exquisite (in english) e esquisito.penso sobre essas coisas enquanto lavo louça e leio biodegradável no rótulo do detergente,separo o lixo orgânico de vidros e plásticos,quando vejo na tevê a imagem de um pássaro impedido de voar por excesso de óleo grudado na sua plumagem,óleo vazado pelos humanos,às vezes dentro do metrô, quando ficamos todos como sardinhas amassadas em latas que voam no subsolo, tantas maravilhas, tantas aberrações.quando estou diante do mar ou de um rio virgem de poluição,eu me entrego, sem pensamentos, assim como quando faço amor.nunca me pergunto por quem os sinos dobram, já sei.

sábado, 17 de julho de 2010

o vento uiva





nestes dias de chuva e frio o vento tem uivado direto aqui em casa.lembrei de quando era pequena e ouvi pela primeira vez o uivo do vento e senti medo de dormir sozinha (o único lado chato que eu achava de ser filha única)naquele décimo andar de altas janelas de frente para o mar.minha mãe me orientou para prestar atenção na linguagem do vento. ela disse que o vento viajava pelo mundo todo e contava muitas histórias sobre lugares distantes por onde ele andara.eu tinha acabado de me alfabetizar na época desse apartamento de ventos uivantes e meus pais tinham me dado de presente uns três volumes de uma série de livros com contos tradicionais de países distantes para mim, como índia, dinamarca,rússia.eu os guardava na mesinha de cabeceira ao lado da cama,perto do abajur que meu tio tinha comprado para mim, com um casal de crianças sentado num banquinho de jardim sob o poste que acendia a luz.e assim que ela fechava a porta do quarto eu adormecia criando intimidade com o vento, ouvindo as histórias que ele me contava sobre os povos e lugares que eu ía conhecendo pelos livros.ontem eu agradeci.meus ouvidos amam o uivo do vento.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

descobrindo novos espaços

nosso horizonte



ela disse que esta foto até parecia aqueles folhetos "engana turista" com a diferença de que quando eles chegarem, verão que é muito, mas muito mais lindo do que aparece aqui.

sábado, 3 de julho de 2010

Rufus Wainwright - Across The Universe

de onde nunca saí

só derrotado sente alegria
com a derrota dos outros.
vitória é bom,
existe gente que não gosta, por mais inverossímel que isso pareça.
eu adoro, a minha e a dos outros.
(ah, não falo da derrota nem da vitória dos impostores,no mundo dos impostores tudo aparenta ser o que não é.)
para alguns tudo parece óbvio.
o óbvio, na verdade, é o mais difícil de perceber. alguém já disse isso.alguém já percebeu.a maioria se contenta com o que parece.
penso em quantas pessoas de qualidade imensa conheço e convivo (meu pai iria adorar saber disso, ele sabia o quanto é raro gente de verdade).penso também naqueles poucos que cruzaram o meu caminho e, deixando de lado o politicamente correto (ah, alguém acha que deficiente auditivo, por exemplo, é mais elegante que surdo? só a palavra deficiente já é um ruido para os meus ouvidos...) e deixando de lado - noto as atrofias  invisíveis, aquelas que não se apresentam nuas diante dos olhos, como, por exemplo, a pessoa não ter intestino preso, ter coração preso, entupido por  acúmulo dos próprios excrementos.eca.o que veio antes, a galinha ou o ovo? a ciência responde que é a galinha.o que vem antes, a mente ou o coração? pra mim é uma via, via não, highway, de mão dupla,mais.os sentimentos dão forma aos pensamentos.e os pensamentos podem purificar (= livrar da ilusão) os sentimentos.
hoje abraço o júlio cesar e o maradona.
dispenso os sapatinhos vermelhos (aqueles do conto), me prefiro descalça ou boots douradas (é uma metáfora,ok?)

quinta-feira, 1 de julho de 2010

o que vem de mim

sou daquelas pessoas que sempre enxergam a luz no fim do tunel.
para mim, um copo com água pela metade está quase cheio.
os horrores criados pela humanidade não afetam a minha convicção na humanidade.
consigo ver o que está por trás das formas e das palavras.
possuo uma sonda que vai fundo no oceano, lá onde tem petróleo.
e faço como o meu mestre, daisaku ikeda, o grande artista, 
aquele que entendeu a vida com a própria vida, me ensinou:
descubro que 'a verdadeira tristeza inspira a uma vida grandiosa'.
tenho consciência,lapidada a cada instante,
sobre o que deve morrer e o que deve viver.
o meu pacto
não é com a fuga-alegria-escapista,
o meu pacto é com
tudo o que gera força
para romper com todos os paradigmas que alimentam opressão. 


Related Posts with Thumbnails