adoro subir a mureta e cortar caminho em direção à horta, o som das folhas sob as botas é muito bom. li um ensaio muito doido, sobre como as coisas nos procuram, num livro que achei aqui. foi o caso dessas botas. eu me apaixonei,há uns anos, pelo couro macio e pela cor delas na alta estação. mas elas custavam um preço que eu não pagaria. então um dia passando à pé pelo leblon, à noite, as lojas já fechando, eu pensei, ah, se aquelas botas estivessem em liquidação por tal preço, compraria agora. e elas estavam na vitrine, estavam com o preço que eu estava disposta a pagar e só tinha um par, o do meu número. rs
é, eu tenho e mantenho uma relação viva com as coisas. quando percebo que essa relação não acontece, passo adiante. li um artigo que amei, de uma portuguesa, falando sobre comércio da nova era, que ela chamou de comércio delicado. ela contou que em lisboa ainda sobrevivem algumas lojinhas específicas, uma, por exemplo, que só vende luvas,elogiou. criticou essa onda globalizada em que lojas de todas partes do mundo mantem franquias em todas cidades do mundo, com a mesma cara, despejando lojas tradicionais. disse que existe uma pesquisa que revela que existem muitos consumidores para, por exemplo, camisolas de algodão cor de rosa ou azul e que se uma pessoa com visão de comércio delicado abrisse uma loja virtual com uma coisa feita com esse cuidado iria atrair sim muitos consumidores que buscam algo mais pessoal. o artigo era enorme, não lembro o nome da autora, mas amei o termo "comércio delicado". |
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