quarta-feira, 25 de setembro de 2013

(⁀‵⁀,) ❤ ¸.•° .`⋎´❤♥.. - primavera









 todas fotos simonetta ivancevic


momento de prosperidade, de crescimento.
estação excelente para melhorar as comunicações, interações de grupo, fertilidade e abundância, agradecer 
os presentes, alegrias e as lições do inverno e das estações futuras.
agradecemos todas as coisas boas que a primavera nos traz, os grandes presentes, a nossa vida.
celebramos a mãe-terra e a dança das estações, honrando os espíritos da natureza e abençoando as sementes. reinventamos cerimônias dos povos dos ciclos agrícolas, que foram parte de nossa vida espiritual. estabelecemos um campo sagrado para nós e nossos ancestrais, para as crianças que representam as sementes do futuro e estarão sempre presentes com sua alegria e vivacidade.


no i ching, a primavera corresponde ao hexagrama 11, t'ai (paz) : indica uma época em que o céu parece estar na terra. o céu colocou-se sob a terra e, assim, os dois princípios unem seus poderes em profunda harmonia. essa união traz paz .

( texto via roda de lobas)








sexta-feira, 20 de setembro de 2013

memória a favor da paz

lord ganesha by valentina ramos


eu tenho memória 

sem memória não há paz e justiça que vençam.
memória é diferente de rancor,raiva,espírito de vingança, indignação passiva, todos esses sinônimos que alimentam a violência.
ingenuidade também está longe de ser qualidade.
os que corrompem a vida se alimentam dela também 


  ................    

18 de setembro & the day after


18 de setembro, um dia muito triste para o brasil.

acho que ninguém vai esquecer onde estava e o que estava fazendo nesta data.

ou vai?

não esperava um milagre diante de tudo que temos visto e vivenciado..mas que esse 18 de setembro foi a cereja do bolo mofado, ah, isso foi.

ai..cansei desse blábláblá todo dos que se servem de razões técnicas pra corromper a vida, cansei.


como pode uma lei que foi abolida no mundo todo,
até em portugal, país que a inventou e já a aboliu,
ser invocada
para proteger o que devia ser banido?

 relembrei nitiren daishonin, o sábio budista do século 13......"se a mente das pessoas é impura, sua terra será impura.não há duas terras, pura e impura ao mesmo tempo, 
a diferença está na mente das pessoas."

coragem e muita energia criativa pra nós, 
purifiquemos os sentidos o tempo todo.

lembrei daquele garoto teimando comigo enquanto eu afirmava, tá, você não polui o mar, mas quem polui torna o mar poluído para todos.



dusho, nosso gato que vive a mil, passou essa tarde,o nosso nine eighteen,
em profunda meditação.

a inteligência instintiva dele deve ter captado que rasgaram a constituição.
cospem na declaração dos direitos humanos o tempo todo.
eu falo pra ele: "sabe,dusho, um grande mal pode sim anunciar um grande bem,

desde que façamos por onde.não cai do céu não."




uma densa névoa cobriu tudo, montanhas, árvores, água,campo...


os trevos de quatro folhas se fecharam em pleno dia


fui pegar um livro na estante e "o livro dos abraços", de eduardo galeano caiu.
abri esta página e lamentei: 
...que pena que alguns aqui no brasil, que foram a julgamento no supremo, e outros que nem foram, não possam dizer o mesmo... 


THE DAY AFTER




na estrada de chão e chuva,
o reflexo da araucária na poça enlameada,


ela continua sendo a araucária


olho pro barranco, 
lotado de flores selvagens
que brotam por si só.
sim, é primavera.
mas o tempo criado pelos homens
são muitos tempos num tempo só.
na idade média, a chamada era das trevas,
que também sobrevive até hoje,
foi que surgiu o renascimento.
quem cria a luz na escuridão somos eu e você...e você...
sem um profundo exame de consciência, como pode haver uma nova renascença?
que tempo queremos criar a partir de agora e já
nesse rodamoinho de tempos sobrepostos ao longo dos tempos?

aquela garota instruída, com mestrado e tudo o mais, diz ' eu não gosto de política', não acompanho, não me informo.
também não gosto dessa corrupção toda, desa mídia que só divulga tragédias
o tempo todo para que o desânimo, o medo,a falta de confiança na vida, a ignorância e ilusão se perpetuem
para os que distorcem e corrompem a vida continuem mantendo o que eles crêem que é sucesso e poder (?e continuem dominando...
mas tudo é política e filosofia em prática,
amar, fazer sexo, ser amigo, prestar serviços,construir uma sociedade chamada família, tudo.
sempre disse pra minha filha e suas amigas,
vocês estudam para se situar na história e no tempo
e descobrir a que vieram a este mundo,
como marcarão suas presenças neste planeta chamado terra.
sob essa ótica, elas amavam estudar até as matérias que consideravam chatas.



chovia e eu voltava pra casa e ela chamou minha atenção,
nunca a tinha visto nessa forma de móbile gigante
suspenso sobre o rio com essa saia tão imensa. obrigada 
estou lendo um livro sobre o calendário dos maias,
esse povo que vivia conectado com as forças que operam no cosmos e na terra.
o calendário maia era baseado no tempo e não no espaço, como foi o calendário gregoriano, esse que nos foi imposto por decreto, calculado num espaço desenhado,segundo o autor demonstra após décadas de pesquisas e estudos.
o calendário maia era baseado nos ciclos lunares, que regem o corpo feminino,
e está conectado ao verdadeiro ritmo do universo.
mais um a se aprofundar e gritar pro mundo que ,enquanto não abandonarmos esse arquétipo patriarcal,
a ira, ganância,o egoismo,a luta por um sucesso que de bem sucedido não tem absolutamente nada,enfim...
a corrupção da vida, prevalecerá.
escolho meu tempo,
é na escuridão que se fabrica a luz.
não posso permitir que a justa indignação me atire nessa apatia
que repete, ah...como detesto isso: "ah, sempre foi assim e sempre será."
afffeeeee, xô!


ilumina-te

terça-feira, 17 de setembro de 2013

pedras

"pra mim pedras são almas vivas com um espírito que ressoa há milhares de anos, embora eu sinta que existe um diferente espírito em cada diferente pedra". 
axel vervoordt

pra mim também

foto simonetta ivancevic
 
esta,com este castelo em alto relevo - uma jóia esculpida pela água e pelo tempo - encontrei 
aqui no nosso rio 


domingo, 15 de setembro de 2013

in(silent)sigths




fotos simonetta ivancevic

foi exatamente o que senti, depois de ver os resultados destas fotos que tirei ontem, o que disse o fotógrafo americano alfred stieglitz, em carta a um amigo, em 1920. -
o q acabo de ler 'por acaso' agora: 
" aqui, no alto destas montanhas, distante dos humanos - olhando para estas maravilhas que se apresentam diante dos meus olhos - é estranho sentir que para lá das montanhas exista tanto burburinho humano - o oposto de tudo o que a gente sente ao observar o silêncio da natureza. 
não há escola nem religião que sejam tão bons professores quanto o olhar que observa com compreensão o que está diante de si.creio nisso mais do que nunca".

terça-feira, 10 de setembro de 2013

divagações: pequeno roteiro sobre algumas coisas ou minha relação com elas

estava ainda sonolenta no café da manhã,sim, sou lenta assim que acordo, e sentei-me à mesa para tomar o café da manhã  quando este açucareiro, que existe desde a minha infância, chamou a atenção do meu olhar. ele esta aqui sobre a mesa todos os dias. ah, sim, ele veio parar aqui no nosso campo porque a tampa não tem aquele buraquinho pra colher  então veda o açúcar e o protege do eventual ataque de formigas. tem o bule que o acompanha mas o bule foi substituído pela cafeteira, dessas de loja de departamento que, apesar de ter vencido um prêmio de design, não segura direito o calor não e o café pinga sim pra fora  do bico...as coisas que acompanham nossa jornada...

as taças de chá estavam assim mesmo sobre a mesa. a de flores é mais nova mas já tem boas histórias e a menor, ah...eram seis ou oito mas foram quebrando e ficaram duas. sempre aprecio esse desenho digno de picasso que foi feito por crianças de uma colônia japonesa de são paulo. 

pra mim esse desenho é uma obra de arte anônima,
apesar de não estar assinada, essa vida pra mim tem muita arte e força

passei pela porta de entrada e o sol batia sobre esses dois vidrinhos coloridos que ganhei de presente
de uma pessoa que não faz mais parte da minha vida. pensei: que engraçado... tem coisas que ganham mais vida na nossa vida do que a pessoa que nos deu o presente.aliás ganham vida própria sem link algum com quem as deu.

ah, esse cesto que guarda galhos e folhas secas de araucária para a lareira, bom dia,
há quanto tempo está aqui e resiste  ;)

já este não sei quanto tempo ainda irá aguentar guardar os galhos mais grossos
mas enquanto aguentar eu agradecerei e não substituirei por outro...rs

aí fui pro jardim e dei de cara com a comum vassoura de piaçaba, que estava assim mesmo, descansando deitada no caminho de  pedras,
que amanhece todos os dias com essas folhas lindas alaranjadas. lembrei da voz linda e possante do vendedor de vassouras lá no rio que toda vez que eu ouço me emociona e sinto que estou nos tempos de debret e que esse homem deveria é estar cantando ópera no teatro municipal.

adoro subir a mureta e cortar caminho em direção à horta, o som das folhas sob as botas é muito bom.
li um ensaio muito doido, sobre como as coisas nos procuram, num livro que achei aqui.
foi o caso dessas botas. eu me apaixonei,há uns anos, pelo couro macio e pela cor delas  na alta estação. mas elas custavam um preço que eu não pagaria. então um dia passando à pé pelo leblon, à noite, as lojas já fechando, eu pensei, ah, se aquelas botas estivessem em liquidação por tal preço, compraria agora. e elas estavam na vitrine, estavam com o preço que eu estava disposta a pagar e só tinha um par, o do meu número. rs

é, eu tenho e mantenho uma relação viva com as coisas. quando percebo que essa relação não acontece, passo adiante. li um artigo que amei, de uma portuguesa, falando sobre comércio da nova era, que ela chamou de comércio delicado. ela contou que em lisboa ainda sobrevivem algumas lojinhas específicas, uma, por exemplo, que só vende luvas,elogiou. criticou essa onda globalizada em que lojas de todas partes do mundo mantem franquias em todas cidades do mundo, com a mesma cara, despejando lojas tradicionais. disse que existe uma pesquisa que revela que existem muitos consumidores para, por exemplo, camisolas de algodão cor de rosa ou azul e que se uma pessoa com visão de comércio delicado abrisse uma loja virtual com uma coisa feita com esse cuidado iria atrair sim muitos consumidores que buscam algo mais pessoal. o artigo era enorme, não lembro o nome da autora, mas amei o termo "comércio delicado". 


sexta-feira, 6 de setembro de 2013

mosaico(s)


....em dias nublados, como foi esta quinta,
ou em tempos nublados como os de agora,
a vibrante energia da rosa super rosa
faz vibrar a minha, ela me inspira
aprendo com ela 


.....o fogo na mesa que criei ao ar livre precisa de ar por todos os lados para continuar crepitando
observar o fogo esvazia os blábláblás inúteis da minha mente 
 

.....mas tem blábláblás insistentes que são úteis, buscam e encontram respostas, o jogo de sombras e luzes.;)

.....aprendi com richard wilhem, há muitos anos, que na china a montanha é considerada um fenômeno cósmico, não é apenas acúmulo de terra e pedras, é um centro de forças magnéticas e elétricas. algo ocorre ao redor da montanha, a vida se congrega, os vapores se elevam da terra, se condensam, formando uma touca de neblina, da qual jorra a chuva, recobrindo a terra, tornando-a fértil.em seu solo nascem as plantas e árvores nas quais pousam os pássaros que voam no céu. nela moram os animais dos campos e um organismo vivo veste essa montanha, semelhante a uma pele fina e verde. a montanha sustenta o delicado fluir da vida. a vida se estabelece no interior e ao redor da montanha dando continuidade ao processo vital. há palpitar na solidez. a montanha, para os chineses, alimenta, fortalece, congrega a vida, recolhe e nutre todas as forças à sua volta. montanhas próximas umas as outras representam grande concentração e sabedoria, discernimento.

.....quando eu o vi pela primeira vez, no alto da montanha, muito alto, cheio de galhos enormes, sabia que um dia um raio o atingiria. ele estava muito exposto , como o gandhi. o eucalipto já estava aqui antes de nós chegarmos. e um dia isso aconteceu. e desde então eu faço da base dele um tablado particular, me concentro e envio mensagens boas para todo mundo. primeiro olho para o chão, foi quando ele clicou, e me concentro, ah, nem sempre começo assim, e depois fixo meu olhar no horizonte que é muito amplo lá de cima (isso sempre).

.....domingo passado , andando na mata, observando os desenhos nos troncos, que são um verdadeiro dicionário de não-palavras, e todas as árvores, sua força e a expressão de cada uma (as outras fotos que tirei estão no wabimauaaah) pensei, antes de ler o que herman hesse disse (a frase original está lá com as fotos), sim, é verdade, se você dialogar com as árvores, observá-las com calma e, principalmente, ouvi-las,vai ter contato com a verdade.são templos.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

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