domingo, 29 de janeiro de 2012

vasto dom




uma casa em forma de flor. uma escultura feita de uma fibra que resiste às chuvas contínuas, ao vento e sol. a beleza da forma me chamou atenção. encontrei-a já desabitada entre os galhos de um caquizeiro. fiquei fascinada pelo material e modernidade dos espaços. uma obra de arte feita por marimbondos.


difícil é compreeender os seres humanos. para que falar com as minhas palavras, o que ela, sim, clarice lispector, disse tão bem. é o que tenho sentido. eu também " não entendo. isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. entender é sempre limitado. mas não entender pode não ter fronteiras. sinto que sou muito mais completa quando não entendo. não entender, do modo como falo, é um dom. não entender, mas não como um simples de espírito. o bom é ser inteligente e não entender. é uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. é um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. não demais: mas pelo menos entender que não entendo."


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