quinta-feira, 7 de junho de 2012


esvazio. como maré que se recolhe. param as ondas diante do imponderável, em mim e na vida dos outros.a faixa de areia da praia aumenta. está vazia. meu natural cheer and faith leader adormece cansado.ele volta para casa com um buquê daquelas flores que brotam por si só nesta época do ano, parecem girassóis. não sei o nome delas, ninguém daqui sabe, ou como diz o meu amigo, o artista plástico fiel a si, elas se chamam flores do campo.eu as chamo de girassóis selvagens. o perfume delicioso entra pelas minhas narinas, não páro de abraçá-las contra os meus seios e de inspirar o suave cheiro de mel. puro mel. pouso o buquê sobre a mesa e vejo um pote coberto. o que é ? pergunto. enquanto abro, ele conta, que ele trouxe hoje o doce de arroz que a mulher fez, no fogão à lenha, muito bom, salpicado de canela,lembra a receita da minha avó materna. são os únicos doces de arroz que provei até hoje que amo. à noite, ela me envia a foto que prometeu,o morro perto da casa dela lotado daquelas outras flores que nascem assim do nada, que eu também amo, um mar verde salpicado de amarelos e no fundo o capim florido de pluminhas lilás e rosa.existe um invisível que se manifesta assim hoje para mim. 

2 comentários:

Vem da Terra disse...

Oi! Vá lá no http://vemdaterra.blogspot.com.br/2012/06/selinho.html, tem algo prá você.
Beijo!
Marilsa

Simonetta disse...

Marilsa querida , q lindas cores, amei o presente e o seu texto sobre o seu trabalho. lindos, muito obrigada !

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