poema meu do passado sempre presente
terça-feira, 7 de outubro de 2008
Hoje o meu peito amanheceu pouco
queria estendê-lo
uma grande melancia exposta ao céu
e que venham todas as chuvas
que me encharquem todos os sons
que me lambam todas as cores.
Sinto meu nervos de cordas de violinos e violas,
banjos e guitarras, darem voltas em todas cercas
de arame, quintais de abacateiros e jabuticaba no chão,
muralhas da China, amarelinha na calçada, ciranda cirandinha
venham todos, vamos todos
Queria rasgar minha pele
e oferecê-la ao sol,
como carne seca,
sol de Brasil-Sertão,
sol de alto mar.
Queria abrir o meu corpo
além, muito além de toda a sua extensão,
sem passaporte
sem carimbo tipo/exportação.
E podem navegar, que naveguem em mim
todas as ondas, calmaria e tempestades
que meu coração é mar tem resposta
mesmo que
...............................
Os meus poros tem infinitômetros de diâmetro
para todo o orvalho e o uisque
que você toma,
para todas as madrugadas e o sexo que você derrama.
São nos meus seios que se encontram as estrelas cadentes
as luas em quarto crescente
e posso, entre as minhas coxas de verão,
te esquentar o pão amanhecido.
Meus pés descalços farejam todas as fronteiras.
Hoje o meu peito amanheceu pouco
enquanto piso este solo de lama café, quartzo rosa, caju e amendoim, pitanga e bananas,
meus cabelos são flâmulas que se agitam no ar
poema meu do passado sempre presente
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