quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

luzes, mais luzes, muitas luzes



ela pensou sobre aquelas pessoas, aquelas burocratas que só pensam em números, aquelas corporativistas que protegem tudo que é minuciosamente desumano, que vão ferindo os outros e justificam suas mentiras com mais mentiras, aquelas pessoas com total incapacidade de ser gente, aquelas que vivem com um planejado sorriso bajulador no rosto. leu o sábio do século 13 repreeender um sujeito que se dizia seu seguidor mas agia exatamente no caminho oposto, tomado pela vaidade, essas pessoas que ao receberem um pouquinho só de responsabilidade já se sentem cheios de poder e se alinham aos alienados da aristocracia vigente para perpetuar infinitamente a ignorância, manter os outros sob a sua própria, mísera vigilância. o sábio disse (pra ver se o vaidoso bajulador despertava de seu desumano torpor que o fazia ir contra tudo o que afirmava ser) que uma pessoa assim é "como um rato que se transformou num morcego mas que na verdade não é nem rato nem pássaro". ela achou a imagem forte mas definia muito bem esse tipo de ser.

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