terça-feira, 8 de setembro de 2009
alta costura
há alguns dias que tenho essa sensação. qual? ele perguntou. ai,deixa eu ver como posso etiquetar essa sensação...assim, você está muito apaixonado por alguém que sumiu e não te dá notícias e dá aquele aperto físico o dia inteiro.o que? você está apaixonada por alguém? não, eu te disse que ia procurar uma etiqueta/imagem para catalogar essa sensação.estranho,ele diz.ah, não sei nem porque tentei dar esse exemplo,homem não deve sentir isso desse jeito.deixa pra lá, vai passar.vou entender.abriu as fotos lindas da praia, do hotel de super bom gosto,de várias imagens locais de iemanjá lindas, ela ficou olhando aquilo tudo e pensou como gostava dessas imagens que vem do inconsciente coletivo, lakshmi, iemanjá,essas deusas que representavam todo um universo de possibilidades.não era devota de imagens.era devota da vida de todos os dias, de todos os tempos que buscam o renascimento num instante.essas imagens, para ela, representavam a personificação de energias que habitam o psiquismo, esse lado invisível e poderoso de todos.a pressão física,essa paixão que aperta o peito foi cedendo um pouco.passou kierkegaard na sua mente, lhe dizendo: angústia é a vertigem da liberdade. ele lhe ofereceu um vinho. mais tarde saíram.jantaram,encontraram amigos, falaram sobre vários assuntos,ela ouviu muito.terminou a noite com uma caipirinha cheia de morangos, voltando para casa com ele na rua vazia, o cheiro de dama da noite saindo de um portão e algo mais que a transportou para um outro lugar.
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