sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
dourado livre
estava lavando louça , as janelas amplas sobre a pia completamente abertas, quando o revi, ele, o beija-flor dourado que me visitava quando eu passava longas temporadas no campo e providenciava para todos eles a sobremesa açucarada, além das flores. na época, brinquei com o meu pai que gostaria de fazer um dia um vestido como a plumagem dele, textura de veludo alemão, ouro velho reluzente, com pinceladas de tinta negra na cauda. a ocasião para criar esse vestido vai chegar e vai ser mais uma grande celebração. ele voltou e ficou parado um tempão diante dos meus olhos extasiados.observei com calma se ele estava bem. estava, apenas descansava de tantos vôos e sacudia com extrema elegância a chuva acumulada nas suas macias pluminhas. chegou o momento em que voou de novo, cheio de energia, brilhando como uma bola preciosa sob o sol que reaparecia.
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