quinta-feira, 17 de setembro de 2009

caminhos - parte dois

com jung, ela aprendera a linguagem dos símbolos e a dialogar no caminho com o inconsciente.
os astros lhe contaram que a sua personalidade era a expressão que escolhera para se buscar cada vez mais inteira e verdadeira diante de tudo e de si mesma.
dançar lhe permitira brincar com a gravidade, encontrar seu eixo e ponto de equilíbrio e preencher o espaço em movimento com os outros,reconhecendo os limites das suas emoções e do seu corpo e dos outros.
o teatro lhe ensinara a viver com verdade.sem verdade, era fake a comunicação.
o tarô lhe abrira os arcanos, tudo o que alguém precisa saber para se tornar fecundo. a cabala lhe contara que era preciso ativar o centro da consciência, do seu próprio mapa, para abrir as portas da ação da providência/como olhar que vê tudo lá do alto e por inteiro, sem superstições = prover o ar que fecunda a terra e permite os domínios do reino da água que elevam ao fogo.
conhecera também o quinto elemento, o éter. tornar invisível o que não contribuía para o crescimento. passeara rapidamente por outros caminhos que dispensara, eram muito distantes do aqui e agora, da força que gera, pare e transforma. ela nunca apreciara nenhuma forma de alienação.a roma a que queria chegar era palpável,não alimentava culpa,não era um gueto aberto para apenas alguns eleitos nem estava no além.já descobrira que qualquer forma de demônio era um teste para a convicção e evolução. gostava da intuição que vive com pés no chão.jesus, para ela, sempre fora homem, alegre e sem preconceitos,autor de parábolas que só compreendiam aqueles que já haviam alcançado alguma percepção prática.sempre constatara que o mundo não havia compreendido o significado de “ame o outro como a ti mesmo” - caso contrário não haveria tanta fome ainda e poluição. se não fosse palpável realizar o verdadeiro amor por si mesmo, como se poderia simultaneamente pensar no outro?
finalmente chegara ao caminho que abria espaço para o cerne da consciência - era possível até atrair e acelerar o tempo ( se assim quisesse o viajante).dependia muito do autêntico querer e do desejo em ação coerente.era prática bem revolucionária e sutil pois rompia com todos paradigmas que alimentam a ilusão.aprendera a meditar de olhos abertos, cantar atenta a sua própria voz, entrar no ritmo que pulsa no universo, encarar as suas próprias sombras e não se abater com as sombras alheias, como diria fernando pessoa. tornar o invisível visível.requeria dedicação e envolvimento.o efeito era simultâneo à ação.

Um comentário:

Kadica disse...

Gostei de seu blog!!
lindo

bjus
Kadica

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