segunda-feira, 1 de março de 2010

minúsculos desumanos

no lindo jardim da linda loja, espaço mix, de chamoun

na volta ao rio, quase chegando ao asfalto da ampla rodovia que liga duas capitais vitais deste país, passo e vejo este sakyamuni esculpido em granito, cercado por leões, um símbolo da coragem na antiga cultura chinesa...coração de leão,os sábios diziam, é o coração que resiste e vence a todas tempestades e ignorâncias que insistem em minar a dignidade da vida. enquanto aprecio o lindo jardim, vasos, bancos,lembro que sakyamuni deixou - como essência de sua vida e ensino - o máximo do avesso de toda e qualquer idolatria. ele disse: o buda se conhece pelo seu comportamento como ser humano. lembro da moça que um dia disse, revoltada, que para alguns,dizer que é budista (que propõe, como premissa básica de sua prática, a coragem de transformar a si mesmo) é apenas uma camuflagem fashion para ocultar o mau cheiro de quem só quer tirar proveito e vive com insaciável fome, tipo mosca varejeira que se alimenta de destruir a energia vital dos outros. o que é considerado humano varia de cabeça para cabeça.alguns acham que é tirar e levar vantagem. como o homem, pai de filho adulto, que com a namorada e um casal maduro e com filhos, alugou na temporada de carnaval, a casa de uma jovem e recém-casada moça nascida e criada no vale no campo, família que procura prezar o meio ambiente.deixou, deixaram a casa numa imundície de dar tanto, mas tanto nojo até provocar choro na moça. ele entrou no carro e foi embora com pressa, ignorando a imunidície que deixou pra trás no que ele considerou 'a casa dos outros'.panelas com comida em estado de putrefação chegaram até a varanda e o jardim, nessa expansão de sujeira e desrespeito. a moça chorou quando reviu sua casa transmutada por tanta imundície,desconsideração e falta de gratidão. ele se foi , covarde com pressa, bateu a porta do carro e arrancou, deixando a moça chorando e falando sozinha.deixou no vale a lembrança de seu comportamento imundo, apesar de todos os sorrisos e aparência de um sujeito aparentemente limpo e tranquilo. há contradições que alimentam e enriquecem o avanço da humanidade e da arte e outras que não passam de nada mais que simples ladrões da vida.a imagem que esse sujeito queria passar se desfez assim que ele pisou no acelerador.litros e litros de detergente e desinfetante e dias de faxina deletaram a sua nojenta passagem por essa pequena casa no vale, mas a imagem que ele deixou jamais será esquecida. a família da moça comentou que nunca em toda vida conhecera alguém tão porco.que injustiça com os porcos que , por natureza amam a limpeza.quem gosta de criar porcos na sujeira são alguns homens.

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