quarta-feira, 19 de novembro de 2008
vestidos que falam
na segunda, a menina sem século me acordou super cedo dizendo: você ganhou o quadro da Diane Bronstein!!! (esse que está aí).pulei da cama sonolenta...é mesmo?...gente..... era um jeito dela me acordar pra sair pra vida bem animada, pode? enfim, nem ela nem eu fomos sorteadas mas achei a iniciativa/giveaway muito bacana e gostei de conhecer, através do mundo dos blogs, mais uma pessoa super interessante e seu trabalho lindo! antes de postar o vestido da CoopaRoca que eu amo, tinha fotografado um outro, super especial. como estava correndo e sem camera achei que a foto com celular ficou inexpressiva diante da feminilidade a leveza/transparência que esse vestido tem.esse movimento que a Diane fez me levou a refletir sobre vestidos e suas memórias. esse branco (na verdade uma saia e blusa de algodão indiano e bordados de perfis e flores bem belle epoque) é de uma estilista chamada Emanuelle Kahnn, made in Romênia. comprei há muitos anos aqui no Rio de Janeiro e quem me fez comprar foi um namorado na época que sempre digo que foi a melhor amiga que namorei.fizemos um programa especial pra estrear o vestido (idéia dele). tudo com ele era sempre muito muito divertido - até fazer coisas que eu não gostava normalmente de fazer com namorado, como comprar roupas pra mim, por exemplo.ele morava fora do Brasil mas nos víamos com muita freqüência, ou ele vinha pra cá ou eu ia ao encontro dele.cheguei a querer morar com ele, até escolhi um prédio lindo numa rua linda com um nome muito significativo, liberdade.eu me imaginava morando com ele e mandando meu novo endereço a todos os amigos: rua liberdade..... ele se assustou quando captou meu desejo e terminou rapidamente o namoro. tempos depois reapareceu cheio de desejo mas meu coração já estava ocupado depois do vazio que ele deixou.anos depois ele me localizou quando soube que eu acabara de ser mãe,e anos depois me deram notícias dele, que ele estava super bem casado com um homem muito legal, que demorou mas ele criou coragem de assumir que era gay.minha ficha caiu. lembrei o quanto ele era sedutor com as mulheres e outros detalhes íntimos que deixa pra lá. fiquei feliz de saber que ele conseguiu assumir o que ele é...acho inacreditável em pleno final de século 20 isso acontecer mas acontece.já está terminando a 1ª década do século 21 e vejo histórias como essa se repetirem. sei que não é fácil assumir quem somos de verdade , não apenas a sexualidade. sempre acharei inacreditável as pessoas cobrarem isso ou aquilo sem se importarem com a força,evolução e expressão do caráter de cada um, caráter como sinônimo de sinceridade e harmonia entre pensamentos, sentimentos e ações. sei que parece ingênuo o que falo por aqui num mundo em que a maior dificuldade geral é assumir responsabilidade = resposta, atitude em relação ao que vivemos, ao que somos.é uma jornada de expansão de um centro de sinceridade, confiança e autêntica alegria interior. quem sabe vou ter notícias dele de novo , agora sem ele precisar fazer aquele modelito latin lover sedutor das mulheres. quando isso acontecer conto pra vocês. e mostro...quem sabe... um novo vestido que o olhar dele alcançou. por que não?
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Lindas!
As duas, tanto a mãe quanto a filha.
Podem saber que os comentários também chegaram como dois abraços fortes e apertados.
Amo muito, sou muito feliz por ter duas pessoas tão gostosas de quem sentir saudades...
A pipoca já está estourando, pode apertar o play!
Postar um comentário