segunda-feira, 10 de agosto de 2009

verdades e mentiras - o papel aguenta tudo


acordei sonolenta no sábado, depois de cinco dias tomando anti-inflamatório (sou super natureba, nunca tomo remédio) por causa de um dente (que se recuperou), tomei café da manhã acompanhada por uma revista. lá pelas páginas tantas.... me deparei, na seção “gente”, com a síntese da hipocrisia...eu disse hipocrisia (opiniões diferentes todos temos, ainda bem).continuei a tomar o meu café fresquinho, lendo como se estivesse lá no alto, em marte, observando o planeta terra. o que vi? a pessoa retratada dizer que o que mais abomina é
“o autoritarismo” (para quem a conhece, sabe que mais que autoritária , ela é fundamentalista). e o que mais admira é "o caráter" (para alguém versado em mentiras, é compreensivel).mais: que a maior qualidade que ela diz ver em si é “a gentileza” ( pessoas que a conhecem de perto já compararam a gentileza dela a dos flanelinhas de rua, aqueles que se aproximam de você pra vender uma vaga que já pertence aos cidadãos ou a prefeitura, menos a eles) e que o defeito dela é “não saber dizer não” ( ela só é perita em dizer não ao diálogo,característica mor dos fundamentalistas).
ai ai, assim que li esse perfil, lembrei da minha mãe dizendo:
” é, filha, o papel aguenta tudo...”
passo da revista ao jornal diário, e nele, leio um artigo levinho e gostoso sobre a vontade da “verdade que anda invadindo o imaginário coletivo e a mídia”.
“será que os dias de pinóquio estão contados?” pergunta o artigo na maior leveza e ingenuidade.
coincidência, né?
o artigo fala sobre a crescente intolerância à mentira na sociedade, processo que no brasil ainda é lento, segundo a jornalista lúcia hipólito.
o filósofo fernando muniz destaca que a busca da verdade é a questão central da filosofia.
“... filosofia é algo que acontece quando o pensamento se torna amigo da sabedoria. daí a verdade desempenhar um papel central nessa relação. quem de nós quer um amigo que não nos diz a verdade?” diz o filósofo.
empresas como a natura anunciam mulheres a partir dos 40 para vender produtos anti-rugas e,não mais (como a indústria de cosméticos fazia ou algumas ainda fazem) top models de 18.
o que mais gostei do artigo do jornal (caderno ela, do globo)
são esses pensamentos que reproduzo aqui a seguir:
“em tempo de fraudes universais, dizer a verdade vira ato revolucionário.” – george orwell.
“do erro ao erro, somos capazes de descobrir a verdade inteira.” - sigmund freud.

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