frase de um poema de daisaku ikeda |
adoro usar jóias de outras culturas, índia,império inca, cazaquistão.não uso tudo de uma vez.sou barroca e minimalista.agradeço todos os dias ter sido criada por eslavos impetuosos. nasci em milão.tomava sol nua no inverno da praça perto do scala para fortalecer a saúde.parecia uma mulata loira.em londres, acharam que eu era americana, nos eua, inglesa, na sérvia, alemã,no méxico,argentina.sou carioca.sonho muito com florença e em assistir ao pôr do sol em istambul, do alto de um minarete.converso muito com a natureza, ela sempre me responde ao que ainda não consegui ouvir.dizem que sou uma excelente ouvinte, isso impressiona as pessoas.a minha sensibilidade trabalha a favor e contra mim.sempre foi assim.a helena,a angela,o paulo, a,o… muitos já me disseram que por onde ando, as máscaras caem.tem que ter coragem para ser assim. eu crio, às vezes eu canso.adoro andar descalça.dançar em volta da fogueira,lá no meu campo,me faz muito feliz.amo silêncio.gosto de gente, não gosto de muita gente junto de uma só vez.depende.tristeza, só a sofisticada.não abro mão de vinho tinto nem de caipirinha de saquê lotada de lichias.teatro entrou na minha vida muito cedo, é sagrado, não é encenação.aquela vidente disse que era coisa de muitas vidas.quase morri quando a minha mãe morreu, eramos jovens.prometi sobreviver e ir além.desde então, estou indo, descalça,de botas ou havaianas, sempre usei,antes de virar moda (muitos estranhavam).ando naturalmente sobre saltos altos também.amo o meu marido e a minha filha. são seres humanos raros.tenho amigos antigos e novos que viram milenares.escolho muito. talento me atrai, fugiria por uns dias com um maestro ou com o harvey keitel, tenho essa fantasia.prefiro dar um mergulho no rio limpo lá da montanha do que no mar.lago provoca em mim uma melancolia vulgar.minha casa é refúgio onde crio.aprecio muito a minha própria companhia.não vejo a hora passar, feito criança que não quer ir pro banho,quando faço colagens.prefiro vestidos e amo calças.meu querer é forte.às vezes ele adormece e ronca tanto…eu me incomodo.eu queria muito ter uma onça.meu pai foi ao interior da amazônia e um caboclo, isolado na floresta, ofereceu um filhote de onça e disse assim: leva para a sua filha.é essa a comunicação que eu gosto.sou capaz de passar dias sem abrir a boca.fico irritada quando estou com sono.falo na mesma medida que ouço, muito.como e amo em silêncio.fui dirigindo sozinha para a maternidade, tendo contração. foi parto normal.quando ouvi keith jarett tocar ao piano koln concert, pela primeira vez,senti que ali estava a composição da minha energia.tenho mania de desenhar estrelas de cinco pontas em qualquer espaço em branco que estiver na minha frente.não ficaria numa fila para ver as cinzas de sakyamuni.
forma inspirada no livro "alguns leões falam" de
anderson anibal,dramaturgo e diretor teatral
todo incêndio começa com uma fagulha, uma fagulha incandescente que irradia seu calor, sua luz...uma centelha de luz que nos desperta ou nos destrói...vele pelos teus pensamentos, eles iluminam mas eles também podem turvar o mundo...toda manhã busque a centelha,a fagulha, o lampejo que faz arder em ti o dia...não nascemos apenas para ver as coisas mas para ver o dia onde aparecem as coisas...muitos morrem sem jamais terem "visto o dia". jean-yves leloup. (o grifo é meu)
são jorge somos jorge sou jorge/
humano santo mártir lenda arquétipo ou clichê?/
fé não se discute o guerreiro é ele ou você?/
a imagem ativa o que? cavalo branco espada dragão
fora opressão/
você tem medo de que? você devota a sua vida a que?
você é fiel a que? protege o que?/
j ou g? coragem tem g gaiatice também/
justiça tem j injustiça também/
por que você acredita que o santo é maior do que você?/
você crê que são é possível sem sou?
a musa de botticelli era simonetta cattaneo de vespucci, esposa de marco vespucci (primo distante de americo vespucci) cortejada por guiliano de médici, irmão mais novo de lorenzo. eles a chamavam de “la bella simonetta”. ela morreu cedo, aos 22 anos, provavelmente de tuberculose. botticelli levou alguns anos após a sua morte para conseguir terminar o quadro (1482) - o nascimento de vênus.numa era em que os temas católicos dominavam a maioria das obras de arte, a vênus é notadamente pagã. é um milagre que esta pintura tenha escapado das garras de savonarola, o zeloso e fanático frei dominicano que propôs e incentivou nessa época que se queimassem todos os livros e toda arte que representasse um sacrilégio ao pensamento cristão.botticelli pintou a deusa vênus, saindo do mar, colocando sua musa de frente e no centro da pintura, uma heresia para a época.mas a verdadeira arte é corajosa e sempre vence toda forma de opressão.é um dos quadros que o mundo todo conhece. fico feliz que a minha mãe tenha escolhido esse nome pra mim,mesmo tendo que fingir que não ouço todas as piadinhas sem graça que fazem com o meu nome desde a adolescência até hoje, acredite se quiser.
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