quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

afinidades eletivas:aquela cuja voz cavalga com o vento

twylah nitsch viveu uma longa vida dedicada a cumprir a sua missão de transmitir a cultura dos povos nativos americanos.era costume na sua tribo, os senecas, a criança receber o nome ainda antes de nascer.o nome já designava o papel que a pessoa teria neste planeta.o avô materno deu-lhe o nome indígena que significa aquela cuja voz cavalga com o vento. aos cinco anos, ela saiu da reserva indígena para estudar e começou o seu contato com a cultura dos brancos. cumpriu o seu destino , foi conferencista e escreveu quatro livros, foi casada durante 50 anos com um homem de origem holandesa (a mãe dele o expulsou de sua vida por ter se casado com uma índia), teve 4 filhos e 4 netos.a história e sensibilidade dessa linda mulher são preciosas.na primeira casa em que ela foi viver, ela dividia o quarto com uma menina.a menina não gostou de ter que dividir o quarto. também não gostou quando twylah aprendeu a tocar piano de ouvido enquanto a outra odiava tocar piano."um dia os pais pediram para que nós duas tocassemos piano para os seus convidados.e porque a menina detestava piano, tocou muito mal , e porque eu o amava toquei com sentimento.eu disse que nunca mais tocaria piano se ela ficasse minha amiga, que diante disso tocar piano nem era tão importante.mas ela não aceitou as minhas desculpas e se recusou até a ir andando até a escola comigo.vi que nunca haveria nenhuma possibidade de amizade entre nós, porque não havia inteireza nessa cultura: todos competiam uns com os outros, em vez de cooperarem, como me haviam ensinado."
"realmente já não me importa se as pessoas consideram bom ou aceitável o que escrevi, estou escrevendo apenas porque é minha responsabilidade fazê-lo. e acho que não é apenas o meu destino, mas o destino de todos, seja lá como for, de algum modo, com que sua voz, sua verdade interna, seja ouvida no mundo.tem gente circulando por aí hoje em dia se intitulando curandeiro, mas ninguém é curandeiro.se as pessoas não conhecem a sua verdade interna , há diretrizes para ajudá-las a se curar, a despertar nelas a consciência daquilo que podem fazer por si. eu ensino as pessoas a dar graças. não a rezar, porque a oração é um pedido de favor.ao dar graças,não estamos pedindo nada para nós mesmos, porque tudo o que precisamos já está aqui...as árvores estão crescendo, os rios estão correndo...curar-se significa sentir gratidão.na própria natureza da pessoa está a chave , a chave para a cura,e essa chave é a gratidão, cuja fonte é a verdade.avó twylah, como acabou ficando conhecida continua uma voz que cavalga com o vento, hoje estou eu aqui a falar sobre ela.outro dia conto mais.

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