segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

a permanência dentro da mutação - 2

a água, o rio , o mar. gosto desta foto (do rio que passa lá em casa). ele vem na direção do nosso olhar, então o rio ou o oceano podem ser eu e/ou você. rio me passa também a imagem de aprendizado em constante construção e mutação.parece fazer teatro , tão próximo de viver em constante relação. pra quem quer ver.sempre tem os que escolhem essa nada fácil profissão só para colocar a vaidade desmedida (baixa ou alta estima em exibição.isso não é arte.pra mim é como batata frita com sabor de churrasco, praia artificial.não alimenta de verdade.sim, é uma opção.em mim só provoca gases e tédio.sempre me pergunto por que quem não suporta ver sangue e vísceras escolhe ser cirurgião.ou não enxerga nada além, se acha o bon vivant e sempre escolhe fast food como única e primeira opção.não dá pra fazer cirurgia de olhos fechados.qualquer ação física, no palco ou na vida, pode ser puro bullshit ou não.perguntaram para Jerry Grotowski (em 1980) se Stanislavsky, seu mestre, era importante para o novo teatro.socorro, que perguntinha,hein? ainda bem que fizeram....ele respondeu assim - repetiu a pergunta e disse: não sei. há muitas coisas novas como as revistas de moda.e há coisas novas porém antigas como a origem da vida. por que fazem essa pergunta? dêem a sua própria resposta a Stanislavsky – que não se baseie na ignorância sobre o assunto mas sim num conhecimento prático. ou você é criativo ou não. se você é criativo, de algum modo você irá superá-lo. se você não é criativo, você será fiel, porém estéril.hoje meu grito é contra a esterilidade -(fiel e estéril, muito bom) - que nunca deve prevalecer. nem no palco nem na vida.é assim que os rios secam, o mar fica imundo, pela esterilidade mental, emocional e espiritual dos homens que insistem em serem fiéis aos paradigmas que só repetem o que,no fundo,não interessa a nenhum ser vivo.as flores da foto são beladonas,alguns fazem chá pra provocar alucinação,ou na época de Shakespeare, chá pra morrer por paixão, ou também remédios que na dose certa curam feridas, dores e machucados para que continuemos sãos.

Um comentário:

Passarinha disse...

Hj no presídio vivi o momento "olha a importância da escolha pela carreira que decidi,olha o buraco mais embaixo aí". Hoje no presídio foi complicado...e o que dá o tom, dá a razão de se continuar qquer coisa por mais difícil que seja é a consciência da imensa capacidade que a arte tem de fazer tudo.E se não entendemos o que é arte; ao menos a arte para sua verdade,para o outro; aí perdemos a capacidade de ir em frente.A importância da arte se dá quando se assume o verdadeiro papel de artista. Artista é quem olha para o outro.Eu acho...rs.
Beijos flor!

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