segunda-feira, 20 de setembro de 2010

abençoado pesadelo


um olé nos opressores,aqueles externos, que surgem para testar a validade dos sonhos, da fé na vida, da sobrevivência dos sentimentos mais preciosos e profundos.um pesadelo que libertou alguma tensão que restou, escondida em alguma pequena gaveta do seu inconsciente.ah, que bom...pensou...não ter nem prisão de ventre nem prisão de inconsciente.acordou gritando feito criança.ele a abraçou e logo ela se reconheceu no quarto enquanto aquele lugar horrível se desfazia na mente.no pesadelo, o roteiro era digno de hitchcock e não aquela pobreza-filme-b que aconteceu na realidade, ela disse para ele.encontrar com os opressores externos, os guardiões da ilusão e da máxima escuridão-corrupta-que cega,aqueles cujo papel é extinguir a chama que arde por ideais construtivos, é um grande sinal de que estamos no caminho certo, lembrou.chocante,realidade nua e crua.dias depois um amigo comentou rindo que ele andava cortando, como o princípe da bela adormecida, aquele matagal de gravetos duros entrelaçado de espinhos no caminho de suas realizações. lembra? conforme ele ía se aproximando do topo da montanha descia em profusão aquele mato sem folhas, só espinhos, para impedir a sua chegada.esse era um dos cult movies de sua infância.engraçado ele comentar isso.ah...mas os opressores que se despediram no pesadelo já representaram muito bem o seu papel de mata fechada sem verde e dragão malvado cuspindo fogo e se contorcendo todo.e ainda foram dirigidos, no seu pesadelo, por hitchcock!...tudo ficou claro como sol de meio-dia. ela se viu acordada e vacinada, muito grata no final por ver de perto, e de olhos bem abertos, como eles agem e qual o papel deles.agradeceu, naquela madrugada no quarto, a ela mesma, por sempre estar sempre atenta para que os opressores externos não encantassem ou seduzissem algum provável opresssor interno,ainda oculto de sua própria consciência.ela abominava preconceitos, julgamentos, mas não podia ser presa fácil, tinha que manter acesa sua intuitiva capacidade de avaliação, aquela que a vida criativa treinava. avaliação é criadora, julgamento, não.

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