quinta-feira, 9 de setembro de 2010
rrrrugido
quando verbalizou o contrário do que desejava foi para despistar.sentiu-se leve.virou as costas e disse para si mesma: parabéns.e sorriu.o dia estava gelado,chovia, o fiel e querido all star antigo e macio mantinha os seus pés secos e quentes. ao desviar da poça e ver a tampa de ferro pesada escondendo um buraco necessário na calçada, pensou que se morresse no instante seguinte jamais seria reclamando.não faltava dizer para ninguém eu te amo.tinha gostado muito do vestido branco de linho, sempre que falava li-nho lembrava dos versos da música, aquele linho branco que ainda ontem, lá no campo, era flor.gostara dos drapeados-mandala em volta do umbigo e abaixo dele,de onde o eu sai sem extrair conclusões lógicas baseadas nos eventos, o que ela considerava limitante, pobre.gostaria de não ter que dizer chega, não dá mais. nunca mais.não era por acaso que apreciava tecidos artesanais,algodão puro,glamour e sofisticação com consistência eco friendly.compreendia também porque tudo que era eco friendly era mais caro.linhas que se cruzam para tecer um novo panorama.analisava sim se o preço correspondia ao produto desejado, não pagava o preço do diabo.mantinha distância dos mefistófeles.o sinal da internet a toda hora saía do ar.sua vida não dependia disso,ela já sabia como acontecia a verdadeira comunicação.
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