domingo, 19 de setembro de 2010

tempo amigo



ela adormeceu no sábado com o coração pleno, olhou mais uma vez o presente lindo que o garoto lindo encontrou na terra, sob uma cúpula natural de rochas,o pequeno cristal com várias facetas lapidadas formando um mosaico liso e macio de brilhos e pequenos arco-íris, pensou em cada uma daquelas pessoas de novo,reviu todos os olhos e sorrisos, pensou naquelas rochas imensas, na força da natureza, na força dos corações e mentes que se fizeram presentes naquele lugar mágico,o rústico preservado.riu quando ouviu de novo a voz de p., e seu fulminante olhar quase turquesa, dizendo calma quando o cinto de segurança não queria soltar e ela queria saltar do carro logo, como uma onça pintada,selvagem no melhor dos sentidos, feliz por aquilo tudo, por todos.acordou com uma voz feminina,soul,um misto de billie holiday e cássia eller cantando, num ritmo tão diferente,não...não podia ser....era...copacabana, princesinha do mar.... ficou entre os lençois apreciando a nova versão de uma música que ela nem gostava tanto... mas a voz e o ritmo rápido e vibrante a hipnotizaram.em seguida vieram os atabaques afro seguidos de percussão turca e cítaras e...ela foi lentamente à janela e viu uma multidão se formando, ocupando a praia inteira, mulheres de sari, baianas,crianças, homens com túnicas negras parecendo magos...era uma passeata pela liberdade de expressão religiosa.fez um café,passou ricota com azeite nas finas torradas e admirou, admirou, pensou...ele comentou que era bom que tivesse uma próxima passeata pela liberdade política e outra pela liberdade econômica diante de tudo o que estava acontecendo agora.não, não havia nenhum representante daqueles que não respeitam a liberdade religiosa, claro.ela pensou nos fanáticos, nos que mentem, nos que recusam diálogo e dizem o contrário,nos que se drogam por não terem força suficiente para suportar mentes e corações drogados ou por viverem com fome, muita fome por novas sensações,nos impostores,nos egoístas sem cura, na simpatia ensaiada,nos sorrisos que escondem violência e censura,nos manipuladores, populistas que alimentam a ignorância de alguns para encher o próprio bolso com fortunas que escondem do povo, tudo num instante.aquela passeata fazia muito sentido sim...as religiões deveriam encontrar um ponto em comum que dignifique a vida do homem,que faça com que cada vida adquira um valor, descubra uma riqueza interior para colocar em ação na vida, para proteger o ambiente humano e natural.jamais criar, como disse anais nin,"um povo incapaz de pensar e julgar por si mesmo, seguidores incondicionais das forças de corrupção". a manhã passou, a multidão se dispersou e deixou sua energia no ar, voltou a tarde nublada, a praia vazia, as ondas, algum ou outro carro, o latido do cachorro na calçada, quase ninguém na rua, a brisa fria e refrescante.e um monte de gente no seu coração.ela carregava uma tatuagem invisível a olhos nus, com estas palavras: harmonia da diversidade.desde cedo aprendera que essa é uma verdadeira riqueza, uma fonte de inesgotáveis recursos.longe de todo e qualquer corporativismo.

Um comentário:

maría cecilia disse...

Querida Simonetta, es lindo visitarte y disfrutar de tanta imagen tan bella... no así de tus palabras que no logro entender, tu sabes... què pena!!
Los Homas son ceremonias de fuego que en India eran realizadas por los monjes del Ashram, monjes que han vivido toda su vida con el Maestro y son muy místicos. Ellos cantaban durante horas mantras a la divinidad, invocándolos, pidiendo y amando su sagrada Presencia. Otras veces se realizaban los homas para pedir por situaciones especiales como sanación del cuerpo y la mente, prosperidad, sanar las relaciones y muchas otras cosas... nos sentábamos todos alrededor del fuego y escuchar a los monjes cantar los mantras era maravilloso!!!!
cariños
maria cecilia

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