quinta-feira, 23 de julho de 2009

brevidade








era noite. acabara de ver o ensaio de uma peça em que não havia trabalho de atores.a direção estava querendo fazer uma instalação de gente, vídeos e idéias para falar sobre a brevidade.sentou no canteiro da calçada para comer um cone com os amigos. mais uma vez passou um ambulante, desta vez oferecendo poesia. era um senhor nordestino já de idade avançada, chamado fernando conrado, chamou sua atenção. pegou o folheto e leu o poema navegante: sou navegante de mares distantes. da coragem fiz a minha razão. amo demais a liberdade. por ninguém prendo o meu coração. não sei de onde vim nem sequer para onde vou. tenho sangue cigano por isso singrando os mares estou. não acredito em destino nem tampouco temo a morte. só quero a liberdade, sendo livre eu sou forte. ele contou que era casado, tinha três filhos e era feliz. para ele era vital dividir a sua poesia. ela gostava cada vez mais dela pois não mistificava nada, sendo livre eu sou forte.conseguia captar a consistência que havia (ou não) dentro da brevidade.da coragem fiz a minha razão.

Nenhum comentário:

Related Posts with Thumbnails