meus interiores tem muitas histórias acontecendo o tempo todo.agora penso na adriana calcanhoto declamando os versos da poética de manuel bandeira na abertura da feira literária de paraty, a cidade que desde menina me aproximou mais de mim mesma , da natureza e do mar.como bandeira estou farta do ‘lirismo comedido/ do lirismo bem comportado...de todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo/de resto não é lirismo... quero antes o lirismo dos loucos/ o lirismo dos bêbados/o lirismo dos clowns de shakespeare/ não quero mais saber do lirismo que não é libertação’.minha filha aprendeu a nadar com um pescador de paraty, amigo a quem devo eterna gratidão por sua pura e eterna amizade e proteção, o iraci, que está na dedicatória do primeiro livro do amyr klink pois foi o que lhe ensinou os primeiros segredos da navegação.iraci tinha uma baleeira que se chamava janaína que inspirou a leila diniz a dar o nome a sua filha quando lá filmou ‘todas as mulheres do mundo’. em paraty vivi grandes paixões, vi várias vezes a água do mar transformá-la numa tropical veneza enquanto jantava e beijava a luz de velas numa mesa. então, por favor, não me falem sobre restrições, não nasci para limitações. eu gosto é disso e foi o que sempre vivi, o católico fervoroso e monarquista tendo o que conversar e trocar com o cientista darwinista e ateu.como dizia greta garbo (ela nunca disse ‘live me alone’) ela disse ‘please let me be alone’. quero ficar distante de toda essa pieguice ignorante que alguns insistem em apostar.fico com o lirismo dos clowns de shakespeare, deu pra entender?????não me interessa, ficou claro (???), o lirismo que não é libertação!!! ficou claro???????????? entra época, sai época, sempre a mesma coisa, que saco!!! gandhi demonstrou o poder da não-violência, já morreu e ainda insistem em fazer bombas nucleares no país em que ele viveu???
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